Naquele dia, não passou na televisão
Por Teatro do Vestido e Município de Odemira
Gratuito (sujeita à lotação da sala)
Igreja da Misericórdia
Largo Miguel Bombarda
Odemira
37.597250689122305, -8.641571430950066
Ver no Google MapsLargo Miguel Bombarda
Odemira
37.597250689122305, -8.641571430950066
Este espectáculo de teatro evoca a memória e a história do estudante António José Ribeiro Santos, assassinado por um agente infiltrado da polícia política portuguesa (PIDE), numa reunião no ISCEF (Instituto de Ciências Económicas e Financeiras, hoje ISEG), em Lisboa.
O assassinato não passou na televisão, e o regime chamar-lhe-ia um acidente.
O que temos hoje, para além dos testemunhos dos que estiveram junto a Ribeiro Santos naquele momento, e os que participaram no seu funeral, é um conjunto de panfletos a apelar à luta conjunta dos estudantes e associações. “Abaixo o Terror Fascista”, lia-se num desses panfletos, que descobrimos numa caixa cheia de memórias, em 2011.
Este espectáculo é sobre isso e, mais, é sobre como os estudantes estavam a unir-se naquela fase final do regime de Marcello Caetano, para o detonar por dentro e contra uma guerra na qual não queriam lutar. Porque não era a guerra deles.
Em torno da morte de Ribeiro Santos, a resistência estudantil cerrou fileiras, e este jovem de 26 anos tornou-se num símbolo da luta contra o aspecto mais repressivo de um regime que durava há demasiado tempo.
Escrevia Ribeiro Santos numa carta a um amigo, em Julho de 1972, “Porém, todas as notícias que eu gostaria de te fornecer condensam-se numa só, que se pode sintetizar em poucas palavras: cresce rapidamente o descontentamento popular, e, com ele, a repressão”.
Alguém sublinhou a parte: “cresce rapidamente o descontentamento popular.”
*
'Naquele dia, não passou na televisão', uma co-produção com o Museu do Aljube Resistência e liberdade e com o Teatro das Figuras, inscreve-se nas iniciativas que assinalam os 50 anos da morte de Ribeiro Santos (2022). No ano em que se iniciaram as comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril, esta é a evocação de um dos acontecimentos mais marcantes na história da resistência e luta contra o sistema repressivo mantido pelo regime português que, na sua fase final, como nas anteriores, teve pouco de Primavera.
Investigação, Texto, Direcção Joana Craveiro
Co-criação e Interpretação Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Inês Rosado, Tânia Guerreiro, Tozé Cunha
Música e Espaço Sonoro Francisco Madureira Cenografia Carla Martínez
Figurinos Tânia Guerreiro
Desenho de Luz Joana Craveiro, com a colaboração de João Cachulo
Vídeo (co-criação, montagem e operação) José Torrado
Direcção de Produção Alaíde Costa
Co-produção Museu do Aljube - Resistência e Liberdade, Teatro das Figuras e Teatro do Vestido.
O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa - Cultura | Direção-Geral das Artes
Esta atividade requer inscrição. Clique no botão "Saber mais"
O assassinato não passou na televisão, e o regime chamar-lhe-ia um acidente.
O que temos hoje, para além dos testemunhos dos que estiveram junto a Ribeiro Santos naquele momento, e os que participaram no seu funeral, é um conjunto de panfletos a apelar à luta conjunta dos estudantes e associações. “Abaixo o Terror Fascista”, lia-se num desses panfletos, que descobrimos numa caixa cheia de memórias, em 2011.
Este espectáculo é sobre isso e, mais, é sobre como os estudantes estavam a unir-se naquela fase final do regime de Marcello Caetano, para o detonar por dentro e contra uma guerra na qual não queriam lutar. Porque não era a guerra deles.
Em torno da morte de Ribeiro Santos, a resistência estudantil cerrou fileiras, e este jovem de 26 anos tornou-se num símbolo da luta contra o aspecto mais repressivo de um regime que durava há demasiado tempo.
Escrevia Ribeiro Santos numa carta a um amigo, em Julho de 1972, “Porém, todas as notícias que eu gostaria de te fornecer condensam-se numa só, que se pode sintetizar em poucas palavras: cresce rapidamente o descontentamento popular, e, com ele, a repressão”.
Alguém sublinhou a parte: “cresce rapidamente o descontentamento popular.”
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'Naquele dia, não passou na televisão', uma co-produção com o Museu do Aljube Resistência e liberdade e com o Teatro das Figuras, inscreve-se nas iniciativas que assinalam os 50 anos da morte de Ribeiro Santos (2022). No ano em que se iniciaram as comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril, esta é a evocação de um dos acontecimentos mais marcantes na história da resistência e luta contra o sistema repressivo mantido pelo regime português que, na sua fase final, como nas anteriores, teve pouco de Primavera.
Investigação, Texto, Direcção Joana Craveiro
Co-criação e Interpretação Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Inês Rosado, Tânia Guerreiro, Tozé Cunha
Música e Espaço Sonoro Francisco Madureira Cenografia Carla Martínez
Figurinos Tânia Guerreiro
Desenho de Luz Joana Craveiro, com a colaboração de João Cachulo
Vídeo (co-criação, montagem e operação) José Torrado
Direcção de Produção Alaíde Costa
Co-produção Museu do Aljube - Resistência e Liberdade, Teatro das Figuras e Teatro do Vestido.
O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa - Cultura | Direção-Geral das Artes
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