A Região
Sudoeste de Portugal
110 Km de costa selvagem
São 110 km de costa selvagem e cerca de 75 mil hectares de área protegida, inseridos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, constituído por um conjunto variado de habitats, alguns deles ainda pouco alterados, onde ocorrem diversas espécies de plantas endémicas e um grande número de espécies animais, com destaque para os anfíbios, aves e fauna marinha.
Unida por duas regiões portuguesas de particular beleza, esta costa alia o romantismo e tranquilidade do Alentejo à única faixa litoral do Algarve verdadeiramente genuína e selvagem. Natureza, ruralidade, autenticidade e um clima ameno, temperado por mais de 300 dias de sol por ano, fazem desta região um destino imperdível para os amantes do turismo de natureza.
![castelo de santiago do cacém](https://rotavicentina.com/wp-content/uploads/2022/12/a-regiao-da-rota-vicentina-alentejo-e-algarve-1.jpg)
![percurso dunas do almograve](https://rotavicentina.com/wp-content/uploads/2022/12/a-regiao-da-rota-vicentina-alentejo-e-algarve-2.jpg)
![moinho de vento de odeceixe](https://rotavicentina.com/wp-content/uploads/2022/12/a-regiao-da-rota-vicentina-alentejo-e-algarve-3.jpg)
Quem chega ao Sudoeste de Portugal pelo mar encontra uma falésia elevada, de rocha muito antiga, escura na costa alentejana (xisto e grauvaque) e clara na costa algarvia (calcário). Sobre esta rocha do planalto costeiro, descansa uma fina camada de sedimentos, repleta de habitats e espécies singulares.
Os rios e ribeiros rasgam este planalto com vales profundos, cujas encostas mostram matagais mediterrânicos quase intocados. Continuando para o interior, chega-se às serras, rugas de rocha formadas nos choques continentais. As florestas de carvalhos e pinheiros e os afloramentos rochosos dominam a serra, povoada por grandes rapinas e carnívoros de hábitos nocturnos.
O Sudoeste de Portugal tem um dos melhores climas do mundo e há milhares de anos que assim é… a prová-lo está o facto de esta região ter sido um refúgio para muitas espécies da flora e da fauna, durante as últimas glaciações. Muitas dessas espécies ficaram por cá até hoje, estando as populações mais próximas a centenas de km de distância. Também se encontram no Sudoeste português muitas espécies endémicas, ou seja, que não ocorrem em nenhum outro sítio do mundo.
Os Invernos são breves e nunca muito frios, mas oferecem a chuva suficiente para fecundar a terra para os nove meses em que o sol é rei. A harmonia em que por cá viveram a natureza e o Homem, desde a Pré-História, reflecte-se em habitats plenos de diversidade.
Podem explorar-se as rochas deixadas a descoberto na maré vazia (com estrelas-do-mar, ouriços, percebes e búzios…), as falésias escuras do Alentejo (onde nidificam cegonhas, falcões, andorinhões, gralhas, rabirruivos…), as falésias brancas do Algarve (onde se encontram pegadas de dinossauros, fósseis de corais e grutas escuras com seres fantásticos), as dunas (com plantas raras e endémicas, outras aromáticas e medicinais…), a foz dos rios e ribeiros (onde se reproduzem peixes, moluscos e crustáceos), os planaltos costeiros (onde se observam as migrações de milhares de aves no Outono, incluindo as grandes planadoras), os charcos temporários (onde vivem crustáceos pré-históricos e quase todos os anfíbios que ocorrem em Portugal), os vales encaixados (com carvalho-português, lianas e arbustos de bagas coloridas), os ribeiros de água límpida (onde a lontra é rainha), as florestas de pinheiros e sobreiros (onde abundam javalis e se podem colher cogumelos e espargos bravos), mas também os ambientes modificados pelo Homem – os montados, os prados, os pomares, os olivais – onde a biodiversidade continua a ser notável!
Nas aldeias, gente acolhedora conserva tradições seculares, como por exemplo as que se relacionam com a cortiça, o vinho, o mel, o azeite, a tapeçaria, a olaria ou a pesca.
Na Rota Vicentina, os monumentos mais grandiosos são os naturais, mas a história da humanidade está presente em muitos vestígios arqueológicos, lugares sagrados cheios de mistérios, fortes que combateram piratas e até uma escrita que ninguém sabe ainda decifrar, encontrada em lajes de pedra com mais de 2500 anos!
Quando visitar
A época recomendada para percorrer a Rota Vicentina é entre Setembro e Junho.
O Sudoeste de Portugal conta com um Verão muito quente, com temperaturas a subir acima dos 30º.
Os meses de Outono são geralmente mais amenos, com agradáveis temperaturas no mar e uma diminuição drástica na intensidade do vento.
No Inverno as temperaturas não descem abaixo dos 11º C durante o dia, sendo geralmente o período mais chuvoso do ano.
A partir de Março os dias solarengos intercalam com dias de aguaceiros e as temperaturas começam a subir. A paisagem renascida e a intensidade das cores e dos aromas, fazem da Primavera uma das melhores épocas do ano para visitar a região!
![marcação de percurso circular da rota vicentina na primavera](https://rotavicentina.com/wp-content/uploads/2022/12/Donativos.jpg)
Como chegar
Avião
A região Sudoeste de Portugal é servida pelos aeroportos de Lisboa e Faro. O aeroporto de Lisboa é ideal para chegar à zona norte da região e o de Faro para a zona sul, embora as opções de transporte e as acessibilidades a começar de Lisboa sejam mais flexíveis e abrangentes. É possível voar para Lisboa e Faro a partir das principais capitais Europeias.
Madrid – Faro: 1h00
Londres – Faro: 2h30
Berlim – Lisboa: 3h25
Copenhaga – Lisboa: 3h45Carro
De Lisboa
A partir de Lisboa, siga pela A2/A12 ou IC1 na direcção Sul/Algarve. Existem várias alternativas, sendo que nenhuma delas se destaca em nº de km ou tempo de percurso. Escolha entre:
Opção 1
Ao km 104 da A2 entre no IP8 em direcção a Sines. No IC1, em Grândola, apanhe o mesmo desvio. Siga as indicações Odemira e Porto Covo. Esta será uma boa opção para chegar a Santiago do Cacém, Sines, Porto Covo e Milfontes.
Opção 2
Da A2, tome a saída “Beja/Ferreira”, por volta do km 119 da A2, entrando no IC1, seguindo na direcção “Algarve/Ourique”. No IC1, tem a opção de sair em direcção a “Santiago do Cacém/Sines”, tomar a saída “Alvalade / Cercal / Lagos”, ideal se pretende ir até ao Cercal, S. Luís e Vila Nova de Milfontes, ou a saída “Odemira / OESTE”. Ao chegar a Odemira estará na N120, que atravessa todas as localidades do Sw, por onde passa a Rota Vicentina: Cercal, S. Luís, Odemira, S. Teotónio, Odeceixe, Aljezur, etc.
De Faro
Siga pela A22 ou N125 até Lagos/Bensafrim.
Direcção Aljezur/Odeceixe
Em Lagos/Bensafrim, entre na N120 com ligação a Aljezur, Odeceixe, S. Teotónio, Odemira, S. Luís, Cercal e Santiago do Cacém. Em Odemira tome o desvio nas Portas de Transval – direcção Almograve, Vila Nova de Milfontes e Porto Covo.
Direcção Sagres/Vila do Bispo/Carrapateira
De Lagos continue na N125 até Vila do Bispo, de onde poderá seguir para sul em direcção a Sagres e Cabo de S. Vicente, ou para norte, rumo à Carrapateira, Bordeira e Aljezur.
Algumas distâncias
- Lisboa – Sines: 165 km
- Lisboa – Odemira: 202 km
- Porto – Odemira: 478 km
- Faro – Odemira: 149 km
- Lisboa – Aljezur: 244 km
- Faro – Aljezur: 108 km
Comboio
É sem dúvida o meio de transporte mais ecológico, eficiente e confortável para chegar ao Sudoeste, tendo a desvantagem de ficar um pouco longe da costa. Aproveite para ficar uma ou mais noites perto da Barragem de Santa Clara e comece a sua travessia pelo lado menos conhecido da região.
De Lisboa
Partida de Lisboa-Entrecampos ou Lisboa-Oriente em direcção a Ermidas-Sado (+/- 1h30m), Funcheira (+/- 1h50m), São Martinho das Amoreiras (+/- 2h), Santa Clara-Sabóia (+/- 2h15m), 3 vezes por dia entre as 10h e as 17h. Ver horários.
De Faro
Partidas de Faro em direcção a Lagos (+/- 1h45), 9 vezes por dia entre as 7h e as 20h, de onde deverá apanhar um autocarro para o destino escolhido. Ver horários.
Partidas de Faro em direcção a Santa Clara-Sabóia (+/- 1h), São Martinho das Amoreiras (+/- 1h30m), Funcheira (+/- 1h45) e Ermidas-Sado (+/- 2h), 4 vezes por dia entre as 7h e as 17:40h. Ver horários.
Da estação ao litoral
A estação ferroviária de Ermidas-Sado está a 30 km de Santiago do Cacém. De Odemira à Funcheira são 36 km e a São Martinho das Amoreiras, 31 km. Santa Clara-Sabóia a 27 km S. Teotónio. Ver tabela de distâncias na região.
Para a deslocação até ao litoral, poderá optar entre um dos nossos táxis parceiros (+/- 1€/km), serviço de transfere prestado pelo alojamento escolhido, ou pela Rodoviária do Alentejo, durante a semana, de Segunda a Sexta-feira.Autocarro
Esta é a forma mais directa de chegar a qualquer ponto da Rota Vicentina. A Rede Expressos tem autocarros confortáveis e com wi-fi gratuito, sendo a única desvantagem percorrer alguns km de estradas sinuosas e despender mais 1 ou 2 horas do que em carro próprio.
De Lisboa
Partida de Sete Rios em direcção a qualquer uma das principais localidades da região (Santiago do Cacém – 2h20; Porto Covo – 3h; S. Teotónio – 4h20m ou Aljezur – 5h). Conforme o destino escolhido há várias horários disponíveis e todas as carreiras têm paragem nas principais localidades do Sudoeste, começando por Santiago do Cacém, onde tem início o Caminho Histórico, ou Porto Covo, onde tem início o Trilho dos Pescadores – a norte. Escolha o seu local de partida e o seu destino e programe a sua viagem.
De Faro
Partidas entre as 8h e as 17h25 em direcção a Lagos (2h10), pela VAMUS Algarve. De Lagos, ligações nacionais com a Rede Expressos e locais (VAMUS Algarve), para o Cabo de S. Vicente, Sagres e Vila do Bispo, Aljezur, Rogil e Odeceixe.Bicicleta
Brevemente.
Na Região
A forma mais eficiente para realizar transferes de passageiros e bagagens, ou mesmo entre o aeroporto e qualquer localidade da Rota Vicentina é através dos nossos táxis parceiros. Consulte a Tabela de Distâncias Rota Vicentina para obter uma estimativa do custo do serviço e entre em contacto directo com os nossos táxis parceiros.
A Rodoviária do Alentejo oferece ligações entre Odeceixe e Santiago do Cacém e a VAMUS Algarve, ligações entre Lagos e Odeceixe. Em alternativa conte com com a Rede Expressos, aproveitando as ligações de longo curso para se deslocar entre duas localidades. Algumas destas ligações estão apenas disponíveis de Segunda a Sexta-feira.
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